«1. O direito de não ler.» – porque não quero, porque não é oportuno, porque não!;
«2. O direito de saltar páginas.» – e porque não? Quem disse que um livro se deve ler
apenas da primeira à última página?;
«3. O direito de não acabar um livro.» – bem… se esta lei não se aplicasse à minha pessoa, poderia
armar-me em fundamentalista e dizer “Nem pensar! Já que o começaste a ler,
termina-o!”, porém há livros que ficam, indefinidamente, na estante à espera
que os reabra e leia;
«4. O direito de reler.» – os livros que se relêem são como velhos amigos que
se reencontram. Há sempre coisas novas a descobrir, características que antes
não se notaram, defeitos para os quais se fechou os olhos, virtudes que
surpreendem.
«5. O direito de ler não importa o quê.» – quem disse que só se deve ler LITERATURA? Nem todos os
livros que se encontram nas livrarias farão parte dos cânones literários… porém
ajudam-nos a viajar nos sonhos. Aliás, podemos ler tudo: da bula do medicamento
à revista de mexericos; dos livros de auto-ajuda aos tratados científicos;
dos bestsellers na
moda aos clássicos da literatura…
«6. O direito de amar os “heróis” dos romances.» – Ah! Quantas vezes se suspira com aquele
herói (ou mesmo anti-herói) do último livro lido!?Quantas vezes se discutem as
suas ações ou o seu carácter? Tal como na adolescência, todos os amores são
eternos… até aparecer um novo!
«7. O direito de ler não importa onde.» – Pois claro! Nem todas as salas de leitura são
convencionais… mas isso não interessa mesmo nada!
«8. O direito de saltar de livro em livro.» – Um, dois, três, quatro… tantos quantos a
nossa vontade o exigir!
«9. O direito de ler em voz alta.» – sim, claro! Há palavras que só fazem sentido quando ditas
em voz alta! Há textos cuja beleza não deve ficar escondido na mente.
«10. O direito de não falar do que se leu.» – há segredos que devem ficar bem guardados!
18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil é a data escolhida para celebrar a literatura infantil nacional. Isso porque, nesse dia, em 1882, nascia o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. Portanto, é uma data que celebra esse tipo de literatura e homenageia esse escritor, autor não só de textos para crianças, apesar de ser mais conhecido por eles. Além dos livros de Monteiro Lobato, o público infantil juvenil conta com outras grandes obras nacionais e internacionais para o seu entretenimento e, acima de tudo, para pensar sobre a realidade. Por exemplo: O meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos; Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol; As aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi; O mágico de Oz, de L. Frank Baum; e Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne. Por que o Dia Nacional do Livro Infantil é no 18 de abril?
O Dia Nacional do Livro Infantil foi criado pela Lei no 10.402, de 8 de janeiro de 2002: “Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de abril, data natalícia do escritor Monteiro Lobato”. Portanto, a data foi escolhida para homenagear o escritor Monteiro Lobato, considerado o pioneiro, o pai da literatura infantil brasileira.
O picapau amarelo faz parte do universo criado por Monteiro Lobato e muito conhecido pelos leitores brasileiros.
Monteiro Lobato (1882-1948) não escreveu apenas para o público infantil. Sua literatura para adultos está inserida no pré-modernismo, período literário que compreende os anos de 1902 a 1922. No entanto, escrever para crianças deu a ele projeção nacional. Principalmente, após a sua morte, quando a série Sítio do Picapau Amarelo foi adaptada para a televisão.
As personagens Narizinho, Pedrinho, Emília, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia e Dona Benta exploram um mundo de fantasia, que dialoga com personagens e fatos históricos e com o folclore nacional. A série Sítio do Picapau Amarelo é composta pelos seguintes títulos:
O saci (1921)
Fábulas (1922)
Aventuras de Hans Staden (1927)
Memórias de Emília (1930)
Reinações de Narizinho (1931)
Viagem ao céu (1932)
História do mundo para as crianças (1933)
Caçadas de Pedrinho (1933)
Emília no país da gramática (1934)
Aritmética da Emília (1935)
Geografia de Dona Benta (1935)
História das invenções (1935)
Memórias da Emília (1936)
Dom Quixote das crianças (1936)
Histórias de Tia Nastácia (1937)
O poço do Visconde (1937)
Serões de Dona Benta (1937)
O picapau amarelo (1939)
A reforma da natureza (1939)
O Minotauro (1939)
A chave do tamanho (1942)
Os doze trabalhos de Hércules (1944)
No tempo de Nero (1947)
Histórias diversas (1947)
O que se comemora no Dia Nacional do Livro Infantil?
O dia 18 de abril é uma oportunidade para homenagear Monteiro Lobato e sua obra para crianças. Não obstante, mais do que isso, é uma data que celebra a literatura infantil brasileira como um todo. Dessa forma, autoras e autores desse gênero, bem como seus livros, são lembrados nessa ocasião.
É também o momento em que editoras, escolas, bibliotecas públicas e órgãos governamentais podem aproveitar para discutir aimportância da literatura infantil na cultura brasileira, expor os problemas que ela enfrenta, divulgar as histórias bem-sucedidas dela, e realizar o lançamento de novos livros e autores do gênero.
O livro infantil é lugar de sonho, fantasia, reflexão e, também, realidade.
Acima de tudo, o dia 18 de abril comemora a leitura infantil e seu universo lúdico e particular, sem deixar de lado a conscientização dos adultos e das instituições responsáveis pela formação da criança:
“[...] quando os familiares apresentam aos filhos livros de diferentes gêneros literários, e engajam as crianças em situações de leitura e contação de histórias, criam oportunidades de interação verbal, sendo possível esperar que essas práticas contribuam na formação leitora”.|1|
O incentivo à leitura é, portanto, um desafio para pais ou responsáveis, escolas, editoras, enfim, todo um país:
“O desenvolvimento e hábitos permanentes de leitura são um processo constante, que começa no lar, aperfeiçoa-se na escola vida afora, através das influências da atmosfera cultural geral e dos esforços conscientes da educação e das bibliotecas públicas”.|2|
Monteiro Lobato
O escritor Monteiro Lobato, em 1900.
MonteiroLobato, ou José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 1882, no estado de São Paulo, em Taubaté. EstudouDireito e foi promotor no município de Areias. Quando herdou a fazenda do avô, em 1911, decidiu arriscar-se na agricultura, atividade na qual não obteve sucesso.
Em 1914, publicou os artigos “Velha praga” e “O caboclo e o urupê do pau podre que vegeta no sombrio da mata”, no jornal Estado de São Paulo. Nesses artigos, Lobato acusou o caipira (homem do campo) de ser preguiçoso e inútil. Entretanto a conscientização do escritor veio em seguida, quando descobriu que o homem do interior do Brasil vivia na miséria, com precário ou nenhum sistema de saneamento básico.
Ele entendeu que a “preguiça” do Jeca Tatu (personagem criado para o livro Urupês) devia-se às verminoses de que o caipira era vítima, devido à falta de educação e saneamento básico. Assim, o escritor escreveu artigos em que defendia uma política de saneamento básico no interior do país, publicados no livro Problema vital, em 1918, pela Sociedade Eugênica de São Paulo e pela Liga Pró-Saneamento do Brasil.
Foi dono da Revista do Brasil e criou a primeira editora nacional. De 1927 a 1931, morou em Nova Iorque, como adido comercial. Fundou o Sindicato Nacional de Indústria e Comércio e a Companhia de Petróleos do Brasil. Foi detido em março de 1941 e ficou preso durante três meses. Motivo: em carta ao presidente Getúlio Vargas, acusou o Conselho Nacional de Petróleo de fazer perseguição às empresas nacionais, impedir a exploração do subsolo e contribuir para o monopólio estatal.
Faleceu em 4 de julho de 1948. Em 1958, em Taubaté, foi criado o Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato, no casarão do visconde de Tremembé (avô do escritor). Deixou inúmeras obras escritas para o público infantil, que compõem a série Sítio do Picapau Amarelo, e livros para o público adulto, sendo deles os principais:
Urupês (1918): contos
Cidades mortas (1919): contos
Negrinha (1920): contos
O presidente negro (1926): romance
Notas
|1| Iasmin Rhayzza da Silva Luna, Jessica Silva dos Santos e Ester Calland de Sousa Rosa — Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
|2| BAMBERGER (2002, p. 920) apud LUNA; SANTOS; ROSA (2019, p. 8). Richard Bamberger (1911-2007) foi professor, pesquisador e autor austríaco.
Mantendo nosso empenho diário de distanciamento social, FICANDO EM CASA, sugerimos a leitura do livro cujo nome diz tudo o que mais desejamos... NOSSO FINAL FELIZ!! Além de contar ludicamente a história da chegada do Coronavírus, sua trajetória, consequências no nosso dia a dia e as mudanças necessárias de hábitos, nos transmite a ESPERANÇA de um final vitorioso contra a disseminação da COVID-19. Vale a pena conferir! Créditos:
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Perinatal, desenvolveu um conto para facilitar a conversa das mães com os
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Acesso emgzh.rs/livrocorona.
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