«1. O direito de não ler.» – porque não quero, porque não é oportuno, porque não!;
«2. O direito de saltar páginas.» – e porque não? Quem disse que um livro se deve ler
apenas da primeira à última página?;
«3. O direito de não acabar um livro.» – bem… se esta lei não se aplicasse à minha pessoa, poderia
armar-me em fundamentalista e dizer “Nem pensar! Já que o começaste a ler,
termina-o!”, porém há livros que ficam, indefinidamente, na estante à espera
que os reabra e leia;
«4. O direito de reler.» – os livros que se relêem são como velhos amigos que
se reencontram. Há sempre coisas novas a descobrir, características que antes
não se notaram, defeitos para os quais se fechou os olhos, virtudes que
surpreendem.
«5. O direito de ler não importa o quê.» – quem disse que só se deve ler LITERATURA? Nem todos os
livros que se encontram nas livrarias farão parte dos cânones literários… porém
ajudam-nos a viajar nos sonhos. Aliás, podemos ler tudo: da bula do medicamento
à revista de mexericos; dos livros de auto-ajuda aos tratados científicos;
dos bestsellers na
moda aos clássicos da literatura…
«6. O direito de amar os “heróis” dos romances.» – Ah! Quantas vezes se suspira com aquele
herói (ou mesmo anti-herói) do último livro lido!?Quantas vezes se discutem as
suas ações ou o seu carácter? Tal como na adolescência, todos os amores são
eternos… até aparecer um novo!
«7. O direito de ler não importa onde.» – Pois claro! Nem todas as salas de leitura são
convencionais… mas isso não interessa mesmo nada!
«8. O direito de saltar de livro em livro.» – Um, dois, três, quatro… tantos quantos a
nossa vontade o exigir!
«9. O direito de ler em voz alta.» – sim, claro! Há palavras que só fazem sentido quando ditas
em voz alta! Há textos cuja beleza não deve ficar escondido na mente.
«10. O direito de não falar do que se leu.» – há segredos que devem ficar bem guardados!